segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Página principal da viagem à Alemanha




Olá!

Aqui está o blog de nossa viagem a Berlim em outubro de 2010.

Essa viagem começou a ser planejada ainda na primeira metade de 2009; se quiser ler tudo desde as preparações, comece por "
Volta o sonho europeu". Mas se quiser só saber da viagem propriamente dita, comece por "Voo de partida atrasou".

Boas leituras! E não deixem de comentar!

Valdir e Rose

P.S.: os textos em verde são do Valdir, os em azul são da Rose.

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Dicas para uma viagem mais tranquila:

* lembrar de colocar na mala um tênis ou outro sapato leve para usar no lugar (Valdir esqueceu, sofreu um bocado com um sapato pesado nas muitas andanças pela cidade).
* inteirar-se melhor da temperatura local e levar agasalhos condizentes
* levar um kit pique-nique.
* procurar hotel perto do metrô (o nosso ficava do lado da estação, foi uma mão na roda).

domingo, 31 de outubro de 2010

Lar, doce lar

O voo de volta foi cansativo, como era de se esperar. Sete horas de voo é dureza aguentar. Nos deram o jantar logo na saída e uma hora antes de descermos nos deram um lanchinho; nós guardamos a maioria das coisas do lanchinho para comer em casa, não estávamos com fome nenhuma.

Pousamos às 18h30 - essa é a maravilha de cruzar fusos horários: o voo saiu às 16h30, demorou sete horas e chegou às 18h30 - e já estava tudo escuro, obviamente.

Pegar as malas foi um sacrifício. Nos carrosséis as telas de indicação da proveniência dos voos estavam completamente doidas. Avisavam pelos alto-falantes que havia um problema nessas telas, mas qual era a solução? Ficavam berrando pelos alto-falantes indicações sobre onde as pessoas deveriam ir. Não seria mais fácil consertar o problema das telas?...

Depois de muita luta peguei nossas duas malas e nós saímos do aeroporto. A fila do táxi comum estava super-longa, fomos de limusine.

Quando chegamos em casa as crianças estavam esperando por nós: Lari ficou pulando de alegria na porta, Ivan veio ajudar com as malas.

Assim que entramos começou a bagunça de abrir as malas e contar nossas histórias, tudo bem doido.

Viajar é ótimo, mas voltar para casa também dá uma alegria...



Sim, a viagem foi cansativa e enfadonha. Que chatice sem fim! O que salvou foi a caixinha de brincos que comprei no Duty Free Aéreo e as últimas páginas do meu livro.

No táxi, eu ia olhando pra Montreal e comparando com Berlim. Infelizmente, perto da capital alemã, minha cidade fica no chinelo.

Em casa, foi uma alegria rever as crianças bem e com saúde. Larissa nos cumprimentou aos pulos e gritos na porta de casa. Ivan veio até o táxi pegar as malas, que, por pouco, não passaram do limite de peso (uma ficou com 22,6 kg, a outra, 23,4 kg). Entramos em casa e tudo estava limpo e arrumado. Na cozinha, uma bela mesa nos esperava pra jantar. Larissa nos preparou macarrão com pesto, queijo feta e tomates. Ivan preparou um refogado de legumes hindu. Uma recepção digna de reis! Que bela maneira de terminar uma viagem maravilhosa. Espero realmente poder voltar a Berlim um dia.




De volta em Paris

O voo Berlim-Paris foi curto e sem problemas. Comemos um lanchinho leve, bem apropriado à fome que eu tinha.

Chegamos em Paris pouco antes das 14h30.

Fomos para o portão 2F, de onde sairia nossa conexão para Montreal.

Passamos por mais uma revista, Rose foi pega para uma revista extra.

Fomos para o portão F54, nosso embarque aconteceu lá pelas quatro da tarde, o avião saiu com um pequeno atraso.

Ao passar pelo detector de metal, a luzinha acendeu. Lá veio uma senhorita apalpar meu corpo pra verificar se eu não estava levando nada indevido. Até minha bolsa foi revistada...

Enquanto Valdir foi no Duty Free comprar nossas duas garrafas de bebida alcoólica a que temos direito, fiquei sentadinha na sala de embarque da Air Qualquer Coisa, cujos passageiros estavam embarcando pra Casablanca. O voo saía às 15h25. Às 15h10, duas crianças estavam na frente do balcão. A menina, de uns sete anos, estava chorosa. Ela falava numa língua desconhecida pra mim. O irmão, que devia ter uns onze anos, estava sério, escutando as lamúrias da irmã. Dali a alguns minutos, a mãe, uma senhora de elegância ímpar aparece segurando uma grande sacola de uma grife caríssima, pega a mão da filha, mostra os passaportes pro funcionário e vai pegar seu avião, na maior calma do mundo. Nossa, que serenidade! Às 15h20, um casal jovem, com um bebezinho de colo, chega correndo esbaforidos pra embarcar. Às 15h21, um senhor que já estava dentro do avião, volta pra sala de embarque querendo ir pra outra sala de embarque porque tinha esquecido uma maleta lá. Os funcionários dizem que ele não pode sair, ele insiste, arranca o cartão de embarque da mão da funcionária e sai em disparada. Dois minutos depois, ele reaparece, mas o embarque já estava encerrado. Ninguém mais entra. Ele fica desconsolado. Às 15h23, chegam um casal e dois homens, tipo executivos, todos carregando sacolas e sacolas do Duty Free, querendo embarcar. Os funcionários dizem que não é mais possível, pois o avião já está pronto pra taxiar. Em dois segundos, os passageiros, antes, educados, descontraídos e sorridentes transformam-se em gente grosseira, arruaceira e desbocada. Começam a aumentar o tom de voz e terminam gritando e xingando. Um deles soca o balcão, outro brande o passaporte, e eu "li" uma legenda embaixo do que ele dizia: "Isso não vai ficar assim!". :-) Gente, como funcionário de companhia aérea sofre... Será que eles sofrem essas agressões verbais todo dia? Eu não ia servir pra esse tipo de trabalho, não. Meus pêsames a todos os envolvidos.






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Deixando Berlim

Rose arrumara as malas no sábado à noite, tivemos um "wake-up call" às seis da manhã e pouco depois das sete estávamos comendo o café da manhã do hotel. Comida ok, mas escandalosamente caro (catorze euros por pessoa!):


Compramos um bilhete de metrô na recepção do hotel e partimos:


Pegamos o metrô até Zoologischer Garten e lá pegamos o ônibus X9. A viagem de ônibus foi complicada, as malas atrapalhavam um bocado, eu tive que ir em pé, segurando-as para não caírem.

Chegamos no aeroporto Tegel, fomos procurar os guichês da Air France. Chegando lá, fomos informados que nosso check-in só começaria às 11h; eram 9h30...

Fomos procurar o local de reembolso de taxas, foi bem difícil encontrar. Quando finalmente encontramos, desistimos de pegar nosso cheque, havia duas filas longas a pegar. Por catorze euros, não valia a pena.

Encontramos um lugar para sentar e esperamos a hora passar, até ser a hora do check-in.

Fomos para o portão 15, havia uma grande bagunça ali, pois tinha um grupo musical cheio de bagagens na nossa frente.

Fizemos o check-in, passamos pela segurança e fomos esperar nosso voo.

Estávamos com sede, fui comprar uma água: três euros!






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sábado, 30 de outubro de 2010

Fogos de artifício

Quando saímos do restaurante, nos deparamos com esta maravilha:


Provavelmente porque era Halloween estava acontecendo uma festança na Praça Potsdam. Quando saímos do restaurante e estávamos caminhando para o metrô, estava acontecendo uma queima de fogos de artifício, ficamos ali apreciando o show junto com uma pequena multidão:


Tinha também uma pista de luge, com neve artificial e gente descendo numas boias grandes. Era bem engraçado.

O que estava bom, ficou melhor ainda: ao sairmos do restaurante, fomos contemplados com uma queima de fogos. Ficamos, Valdir e eu, incrédulos e aparvalhados com tamanha coincidência. Se tivéssemos saído do restaurante cinco minutos antes ou depois, não teríamos tido a oportunidade de apreciar esse espetáculo pirotécnico. A cidade se despediu de nós em grande estilo. Já estava na hora de ir embora, porque se melhorasse, estragava.






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Josty

Terminamos nossa última noite germânica num belo restaurante do Sony Center, tomamos caipirinha (o julgamento da Rose foi "sua caipirinha dá de dez"...) e comemos umas coisas bem gostosas: lasanha de abóbora (porque era Halloween), um prato de massas com queijo também muito bom e batatinhas fritas (a pedido da Rose):


Eu tomei cerveja preta e Rose tomou vinho branco:


Encerramos a bela estada em Berlim no Josty, um restaurante bacaninha do Sony Center. Infelizmente, não pudemos assistir a nenhuma atração do lugar, mas, pelo menos, aproveitamos da boa gastronomia. Fui experimentar a caipirinha deles e foi um terror. Que porcaria, e ainda por cima cara! Um suco de limão velho, cheio de gelo, com um pouco de cachaça. Simplesmente horrível. Mas o vinho branco alemão estava ótimo, como sempre. A comida muito saborosa. O máximo! Entre um bocado e outro, Valdir e eu íamos fazendo o balanço dessa linda viagem que fizemos. Relembramos dos ótimos momentos, evitamos falar dos pontos baixos e prometemos que vamos voltar pra visitar os vários lugares que foram vistos às pressas ou que nem sequer entramos. Berlim é linda, linda, linda. Vale a pena ver de novo!






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Blue Man Group

Para encerrar nossas aventuras berlinenses, fomos ver o show do "Blue Man Group". Infelizmente não podíamos tirar fotos durante o show, só antes de começar. Aqui, a Rose, esperando o começo do show:


E uma imagem do teatro onde acontecia a apresentação:


Eu gostei bem do show, mas a Rose nem tanto, disse que era "humor para homens" e preferiria ter assistido a uma peça de teatro...

Depois da loja de doces não encontrada, do outlet da bota azul e da galeria não visitada, voltamos pro hotel rapidinho porque tínhamos que nos preparar pra ir pro Blue Men Show. Nos empetecamos todos (Valdir não muito, claro) e fomos pro metrô todos felizes da vida. No meio do trajeto, entra um homem e nos mostra um documento: era o inspetor querendo ver nossos bilhetes de metrô. Eu quase tive um troço! Felizmente, naquela manhã tínhamos comprado um passe que valia pra um dia, porque o nosso de sete dias já tinha expirado ontem. E, dessa vez, só validamos uma vez, bidu! O moço passou os olhos rapidamente pelos nossos cartões, conferiu também os dos outros passageiros do vagão e desceu na estação seguinte. Que alívio! Já imaginaram se ele tivesse aparecido ontem, quando ainda estávamos com nossos passes carimbados duas vezes? Que sorte! Que sorte!

Chegamos no teatro, estava lotado de gente de todas as idades (menos crianças, o show era para maiores de doze anos). Sentamos nas nossas poltronas, excelentemente localizadas, no meio da platéia, bem em frente ao palco, e ficamos esperando o show começar. O começo é divertido, pois a gente vai lendo umas frases engraçadas na tela. Depois o show começa realmente, com três homens pintados de azul, tocando percussão bem pra caramba. Entre um número musical e outro, eles fazem uns esquetes meio escatológicos, que não me agradaram muito. É o que eu chamo de "humor pra homem". O grupo de jovens, que estavam atrás de nós, se arrebentaram de tanto rir. Parabéns pra eles. Pra mim, o show não foi show de bola, mas também não foi gol contra. Deu pra dar umas boas risadas e ficar com bastante medo de ser escolhida pra ir pro palco participar das maluquices deles. Ufa, me deixaram quietinha no meu lugar.






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Bonbonmacherei

Fomos procurar uma loja de doces (chamada Bonbonmacherei) sobre a qual lemos no manual "Lonely Planet", mas não encontramos. Uma pena.

Mas a Rose encontrou um outlet de sapatos e comprou um par azul que ela tanto queria.

E encontramos essa simpática obra de arte de algum brasileiro, com certeza:


Aliás, o que tem de brasileiro em Berlim não é brincadeira! Tropeçávamos a torto e a direito com conterrâneos...

Essa parte da cidade era mais pobre, mais "gente como a gente", cheia de comércios e casas populares. Estávamos em outro tipo de território, bem diferente da Berlim de vastos espaços e edifícios imponentes.

Depois de dias procurando, achei, numa ponta de estoque de sapatos, uma linda bota de inverno azul! Meus pés vão ficar bem quentinhos e bem azulzinhos nesse inverno!

Passamos em frente ao Taschelle, uma galeria de arte urbana alternativa. Não tivemos tempo de entrar. O dia só tem 24 horas...






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Checkpoint Charlie

Nossa próxima parada foi a estação Kochstrasse:


Aí fica o Checkpoint Charlie:


Este é um local importante da história da Alemanha e do mundo todo, mas agora ele virou só um ponto de atração turística, fica no meio de uma rua:


Tem um "soldado" americano que fica lá de bandeira em punho, e as pessoas posam ao lado dele para fotos.


Aqui vemos a famoso aviso na fronteira entre as áreas de ocupação:


E aqui vemos a Rose em frente ao café Einstein, perto do Checkpoint Charlie:


Eu fiz questão de tirar essa foto na frente desse café pra ver se um pouco da inteligência do Einstein vem pra mim. Fica aí o pedido...






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Almoço na Galeries Lafayette

Queríamos almoçar no café do parlamento, mas era tudo caro e não tinha grande coisa para nós, desistimos.

Fomos até a estação central, onde descobri esta maquete da mesma:


Continuamos até a Galerie Lafayette e comemos lá. Foi bem médio, não gostamos muito:


Eis-me aqui entretida a anotar minhas impressões da cidade no meu Moleskine, versão Berlim. Essa cadernetinha virou minha companheira inseparável em qualquer viagem. Olhem só o que eu estava escrevendo:

"Depois de observar durante alguns dias os berlinenses, percebo que eles:
* têm uma relação com o refrigerante Coca-Cola meio obsessiva. Todo mundo vive com uma garrafinha dessa bebida na mão (de preferência de vidro. A latinha, nunca). A Coca-Cola tem out-doors e para-sóis com seu logo espalhados pela cidade toda.

* passeiam muito com seus cachorros pelas ruas, que vivem limpas.

*às vezes, cobram menos do que o preço escrito nos cardápios. Esse fenômeno nos aconteceu várias vezes: no restaurante hindu (no quarto do hotel, o menu do restaurante dizia que um prato custava 7,90 euros. Quando fomos ao restaurante, o mesmo prato custava 1,50 a menos); no barco, o espumante custava 4,50 por copo. Na hora de pagar, Valdir viu que cobraram bem menos na conta; no bar do hotel, cada drinque custava 7,90 euros. Quando chegou a fatura, pagamos 6,40 cada um. Temos que admitir que sempre era uma boa surpresa, mas não entendemos a lógica da coisa.

* não pedem desculpas nem demonstram que se lamentam quando esbarram ou se encostam em outras pessoas.

* comemoram o Halloween! Nas lojas vemos, lado a lado, enfeites do Dia das Bruxas e enfeites de Natal. Tudo em harmonia e paz. E o mais engraçado: vimos um grupo de crianças fantasiadas no meio da semana, sendo que o Halloween era no domingo.






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Cúpula do parlamento alemão

No sábado, nosso último dia na cidade, fomos visitar o parlamento alemão. A fila era grande:


Esperamos mais de uma hora:


Mas valeu a pena, o lugar é muito bonito. Eis a entrada do mesmo, visto do fim da fila:


E aqui um detalhe do alto das colunas logo na entrada do prédio:


Passamos pela segurança, que lembrava a segurança de aeroporto, e aí chegamos no terraço, que apresenta uma vista de toda a cidade. Aqui vemos a estação central ao longe:


A torre de TV ao longe:


A praça Potsdam ao longe:


E aqui a cúpula propriamente dita:


Um detalhe da ornamentação do terraço:


Já dentro da cúpula, o imenso painel de espelhos no centro da mesma:


Eu, a meio caminho da subida da rampa:


Esta imagem dá uma ideia de como é a rampa da cúpula:


No topo da cúpula, tem um buraco para recolher a água da chuva e da neve:


Um dos lugares mais espetaculares em que estive na minha vida. Vale a pena a espera de uma hora, que passei ora lendo, ora conversando com o Valdir, ora ouvindo um cantor tocando seu violão. Tanto a vista de dentro dessa cúpula quanto a vista de fora são incríveis. Que maravilhas a tecnologia não faz! Palmas, muitas palmas pros berlinenses.







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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alexa

Nossa última parada do dia seria o Alexa, um "megamall". Rose comprou algumas coisinhas, inclusive um sapato. Eu não encontrei nada que me interessasse o suficiente para comprar.

Eis aqui algumas imagens de dentro do shopping:



E do terraço do shopping, olhando para a região em volta:


Quando saímos já estava de noite:



Fomos ao shopping center Alexa. Um baita lugar, cheio de lojas, com um ambiente bem parecido com os dos shoppings de São Paulo. Comprei minha agenda de 2011, um sapato marrom e laranja bacanérrimo (eu encontrei um outro azul, mas não tinha meu número. Droga!!!), uma latinha cheia de citações de escritores e pensadores famosos (a latinha em formato de bala é uma graça!).

A grande atração desse shopping pra nós era ver a exposição "Berlim em miniatura". Mas, quando chegamos lá, percebemos que era um programa só pra crianças. Demos meia-volta e continuamos as compras...

Com os pés doloridos de tanto andar, resolvemos ir pra casa às oito da noite (tínhamos deixado o hotel às 10h). Essa vida de turista dá um trabalho... ;-)






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