Chegamos em Paris pouco antes das 14h30.
Fomos para o portão 2F, de onde sairia nossa conexão para Montreal.
Passamos por mais uma revista, Rose foi pega para uma revista extra.
Fomos para o portão F54, nosso embarque aconteceu lá pelas quatro da tarde, o avião saiu com um pequeno atraso.
Ao passar pelo detector de metal, a luzinha acendeu. Lá veio uma senhorita apalpar meu corpo pra verificar se eu não estava levando nada indevido. Até minha bolsa foi revistada...
Enquanto Valdir foi no Duty Free comprar nossas duas garrafas de bebida alcoólica a que temos direito, fiquei sentadinha na sala de embarque da Air Qualquer Coisa, cujos passageiros estavam embarcando pra Casablanca. O voo saía às 15h25. Às 15h10, duas crianças estavam na frente do balcão. A menina, de uns sete anos, estava chorosa. Ela falava numa língua desconhecida pra mim. O irmão, que devia ter uns onze anos, estava sério, escutando as lamúrias da irmã. Dali a alguns minutos, a mãe, uma senhora de elegância ímpar aparece segurando uma grande sacola de uma grife caríssima, pega a mão da filha, mostra os passaportes pro funcionário e vai pegar seu avião, na maior calma do mundo. Nossa, que serenidade! Às 15h20, um casal jovem, com um bebezinho de colo, chega correndo esbaforidos pra embarcar. Às 15h21, um senhor que já estava dentro do avião, volta pra sala de embarque querendo ir pra outra sala de embarque porque tinha esquecido uma maleta lá. Os funcionários dizem que ele não pode sair, ele insiste, arranca o cartão de embarque da mão da funcionária e sai em disparada. Dois minutos depois, ele reaparece, mas o embarque já estava encerrado. Ninguém mais entra. Ele fica desconsolado. Às 15h23, chegam um casal e dois homens, tipo executivos, todos carregando sacolas e sacolas do Duty Free, querendo embarcar. Os funcionários dizem que não é mais possível, pois o avião já está pronto pra taxiar. Em dois segundos, os passageiros, antes, educados, descontraídos e sorridentes transformam-se em gente grosseira, arruaceira e desbocada. Começam a aumentar o tom de voz e terminam gritando e xingando. Um deles soca o balcão, outro brande o passaporte, e eu "li" uma legenda embaixo do que ele dizia: "Isso não vai ficar assim!". :-) Gente, como funcionário de companhia aérea sofre... Será que eles sofrem essas agressões verbais todo dia? Eu não ia servir pra esse tipo de trabalho, não. Meus pêsames a todos os envolvidos.
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