Quando entramos na estação de metrô, não vimos catracas nem guichês, mas tinha outras dessas maquininhas de validar bilhetes. Colocamos nossos bilhetes lá e a máquina carimbou por cima! Não dava mais para ler a data da primeira validação! Que droga! Veja só como ficaram:
Passamos o resto da semana preocupados que ia dar rolo conosco por causa disso.
O metrô de Berlim é esquisito, diferente dos outros que conhecemos: como eu disse, não tem catraca nem guichê, o pessoal confia que você vai cumprir sua obrigação e comprar o bilhete que deve comprar para entrar. Há funcionários que verificam aleatoriamente as pessoas, mas as verificações não são constantes.
No aeroporto, Valdir foi a um guichê de informações pra saber como chegar ao nosso hotel e saiu de lá com nossos passes de transporte (metrô, trem, ônibus) pra sete dias. Ao entrarmos no ônibus, o motorista disse pra "validarmos" os cartões. E no que consistia isso? Enfiar o bilhete numa maquineta, que ia imprimir a data e a hora da operação. É só a partir da "validação" que o cartão passa a valer. Que rápido, que prático, que simpático! Pois bem, pegamos o ônibus, fomos até o ponto final, onde continuaríamos nosso périplo até o hotel, pegando o metrô. Quando entramos na estação de metrô "Jardim Zoológico", não vimos nenhum guichê com funcionários carrancudos nos esperando pra verificar nossos bilhetes. Apenas uma singela maquineta com a plaquinha "Valide seu bilhete aqui". Sem refletir muito, tasquei meu cartãozinho no buraco apropriado, pra que a nova data fosse impressa debaixo, em cima ou, quem sabe, do lado da anterior. Mas qual não foi minha decepção ao ver meu cartão com duas datas, é bem verdade, mas uma por cima da outra.
E o que isso significava? Que eu tinha acabado de invalidar meu passe. Dancei de preto, vermelho e amarelo. Que lição aprendi com uma situação banal dessas. Valendo-me de minha grandíssima experiência como usuária de transporte em comum, em várias cidades do mundo, deduzi que, em Berlim, o passageiro também deveria comprovar, a cada viagem, que tinha pago seu bilhete. Certo? Errado! Em Berlim, você valida o bilhete uma vez e a companhia de transporte confia que você vai usar o sistema de acordo com o que pagou. Que lição de civilidade. Até hoje não me conformo por não ter pensado, nem durante um átimo de segundo, que naquela parte do mundo, ainda se confia nas pessoas. Vivendo e aprendendo...
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O metrô e os trens de Paris também tem esse sistema... e tem metrô em que o passageiro abre a porta para embarcar e desembarcar.
ResponderExcluirAmigos, acreditem ou não, o metrô em Portugal, pelo menos na cidade do Porto, também é assim! Compramos os bilhetes e eu ali, procurando o raio da catraca na "loja andante", vulgo estação de metrô. Ficamos observando os "nativos" e ai percebemos que era só passar e pegar o trem! Rose, eu dancei de verde e vermelho no pedágio da terrinha! Estávamos na rodovia que liga o Porto à fronteira com a Espanha ao norte. Eu estava dirigindo. Vi umas placas informando sobre a proximidade do pedágio e fiquei à espera das famosas cabines ou, pelo menos, daquelas cestinhas onde se jogam as moedas (como nos EUA). Não vi nada e continuei. Só que "encafifada" com isso, pois se era para pagar eu não tinha pago ... quilometros à frente tinha um posto da administradora do pedágio. Fomos pedir a informação e, por eu não ter pego um bilhete em um postezinho que nem vi, tive que pagar o correspondente a seis passagens. Em euros!!
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